domingo, 12 de fevereiro de 2012

DEUSES DE NOSSO POVO

- Cara! Você é satanista e não me falou nada!
-Não sou! Porque você acha isso?
-Pô meu! Você tem uma imagem do capeta no teu altar!
-Não é o capeta, é um busto de Pã! E fui eu mesmo que esculpi!
-Para mim é tudo a mesma coisa.
-Não é não, são bem diferentes.
-Meu; desculpa, mais não podemos mais ficar juntos.
-Mais...
-Beijos. Tchau!

Quantas vezes eu precisei passar por essa situação, simplesmente por ignorância e preconceito das pessoas.
Os Deuses pagãos são realmente diferentes do Deus cristão. Eles têm defeitos, vícios, mais também amam e querem ser amados. E são muitos!  Mas antes de enumerar deuses de inúmeros panteões de todo o mundo; devemos nos concentrar nas duas principais divindades do nosso panteão: a Deusa Mãe e o Deus pai.

O MITO DA CRIAÇÃO
Diana foi criada antes de toda criação; nela estavam todas as coisas. De si mesma, a primeira escuridão, ela se dividiu em Trevas e Luz: Diano seu irmão e filho, ela mesma e sua outra metade, eram a luz.
Quando Diana viu que a luz era tão bela, a luz que era a sua outra metade, seu irmão Diano, ansiou ardentemente e com grave desejo por essa luz. Desejando receber a luz novamente em sua escuridão, sorvê-la em êxtase e em delírio, ela tremeu de desejo. Este desejo era a Aurora.
Mas Diano, a luz, fugiu dela, e não se deixou submeter aos seus desejos; ele era a luz que voa para as mais distantes partes do céu, o rato que voa na presença do gato.
Então Diana foi aos Pais do Inicio, às Mães, os Espíritos que existiam antes do primeiro espírito, e queixou-se de que não podia vencer Diano. E eles a elogiaram por sua coragem e disseram-lhe que para levantar é preciso cair; para tornar-se a chefe das deusas ele deveria se tornar mortal.
E na antiguidade, no curso do tempo quando o mundo foi criado, Diana foi à terra, como fizera Diano, que havia descido; e Diana ensinou magia e feitiçaria, das quais vieram os bruxos e os magos e tudo oque é como o homem mais não é mortal.
E aconteceu que Diana tomou a forma de um gato. Seu irmão tinha uma gata a quem amava mais do que a qualquer coisa e que dormia com ele em sua cama; uma gata mais linda que todas as criaturas, uma fada (mas ele não sabia disso).
Diana convenceu a gata a trocar de forma com ela; e assim pôde se deitar com seu irmão e na escuridão assumiu sua verdadeira forma; deste modo, por meio de Diano ela se tornou mãe de Arádia. Mas quando, na manhã seguinte, ele descobriu que se deitara com a irmã e que a luz havia sido conquistada pelas trevas, Diano ficou extremamente zangado; Diana então cantou um feitiço para ele, uma canção de poder e ele ficou em silêncio; era a canção da noite que acalma para dormir, e ele não pôde dizer nada.
Assim, Diana com seu ardil de bruxaria encantou-o tanto que ele se submeteu a seu amor. Esta foi a primeira fascinação; ela cantarolou a canção que era o zunido das abelhas e o giro da roda; o giro da roda tecendo a vida. Ela então teceu as vidas dos homens e todas as coisas foram criadas da roda de Diana. E foi Diano que girou a roda.
Este é um mito de criação strega, que retrata surgimento da Deusa e do Deus wiccanos. Nossos deuses são um complemento, uma unidade dual, negativo/positivo, masculino/feminino, luz/sombras.
As tradições e seus membros são livres para escolherem quais deuses vão adorar, mais uma coisa é consenso entre todos os wiccanos, a Deusa é sempre adorada, e em tradições como a Diânica apenas ela é adorada, em outras a Deusa e o Deus são adorados igualmente mantendo o equilíbrio religioso, e tem ainda aquelas tradições que adoram os dois deuses, mas mantendo a deusa como foco de adoração principal, relegando o Deus a um segundo plano.



2 comentários:

  1. Diana e seu irmão são a prova de que os ciclos se repetem continuamente. Assim como eles, Zeus e Hera, Osíris e Ísis, entre outros, são irmãos que se apaixonam.Obrigada por sua dedicação a verdade meu amigo.

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